sábado

Será que noite virá num vilarejo? Vejo a ponte que levará ao que desejo
Admiro o que há de lindo e o que há de ser
Você;

domingo

Tão brilhante como um lindo avião;

E te peço:
me perdoa, me desculpa.
Faltou ar, faltou ar.
A gente segue a direção que o coração mandar.

Quase todo mundo começaria dizendo que quando tenta definir algo tratando de amor é algo meio que complicado. Pra quê mentir? Um tanto complicado mesmo. Pensando um pouco, vendo uns fatos e lembrando umas pontadas a gente tenta.
'A gente segue a direção que o nosso próprio coração mandar.' Ele manda, e como manda; a gente descobre com a vontade/não-vontade de atender o celular vibrando em cima da cama, com o aperto no peito e os olhos prontos pra o que precisar quando fazemos algo feio. Descobrimos com a falta, com a presença, com o toque e também com a ausência dele.
No começo a gente acha que é só uma presença nova, que digamos, ocupará nada mais do que 10 a 13% do que você custuma ter diariamente, afinal não é tão rara a possibilidade de uma pessoa encontrar a outra (só precisamos de pessoas envolvidas, pessoas dispostas). Mas o mais interessante é que você que estava acostumado a ter algo sempre efêmero e não tão completo inicialmente acha aquilo um tanto diferente.

"O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura — só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava. O que é que eu faço? — perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! — diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978. "

Daí depois acontece isso: 'e
ra só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo.' Tudo certo, motivo de morte é que não é, mas e aí? E aí que não tem mais como fugir, não tem como negar e muito menos deixar pra lá. E aí que é tão mágico e inebriante que não se consegue ver, sentir, falar, ouvir e nem pensar qualquer outro assunto que não tenha ela.

Daí que ela é inevitavelmente aquilo que dá o motivo do aperto no peito quando eu tô longe, daí que é dela que eu lembro quando escuto 'a bailarina e o astronauta', daí que é dela que eu gosto de escutar reclamação quando eu não lembro de datas importantes, daí que é ela que se parece com o meu estilo.


Daí que é dela que eu quero escutar o que for. Dela que eu quero escutar o que é necessário e também o que não é.



É pra ela que eu quero escrever quando der vontade, é pra ela que eu quero fazer bonito quando der.

É pra ela que eu quero dizer 'eu te amo'. Eu te amo meu bem. Casa comigo?

Astronauta, diz pra mim cadê você?

Já faz um tempo que eu queria te escrever um som. Já faz um tempo que eu queria te dizer algo bom.