terça-feira

Para vermos o que há na esquerda é necessário desfocar a direita.

E eu nunca achei que diria isso.

sábado

Um corpo cansado
nas nuvens mais altas ♫

segunda-feira

O Pequeno Príncipe

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos."

terça-feira

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Com o tempo você percebe até as coisas que você gosta involuntariamente.
Quer que eu te ache ninja e talvez, numa possibilidade bem remota me apaixone por você? Seja legal, me faça rir, tenha bons captions, nem precisa ter fotolog pros captions, mas tenha bons captions. Colecione algo, ainda que seja pessoas, não fale tudo, não deixe de falar, me faça falar. Nunca me diga algo ruim sobre algo que gosto, ou até diga se tiver fundamentos. Me mostre bandas, saia comigo, não se apegue demais, não me deixe ser desapegada demais e não me leve tão a sério. ;D

Mereço um tiro por esse post.

segunda-feira

infinitamente sem parar;

'Cause you are the only song I want to hear

terça-feira

Ou

uma parte de mim é saudade, outra é esquecimento
uma parte de mim chora, outra procura entender
uma parte de mim ama, a outra ama também.


dia fossa. Já tentei desenhar, escrever, - pasmem - tocar também. Vou tomar leite e dormir.

segunda-feira

Sentimental

Se não fosse tão clichê falaria de amor; é, daquela sensação de frio nas mãos e do tremer dos dedos. Da vontade de repartir o que se tem e do simples fato de gostar de olhar nos olhos.
Falaria daquela coisa de respeito mútuo, da amizade, do interesse de um pelas qualidade do outro e vice-versa.
Lembraria do pôr-do-sol naquelas tardes repletas de tons laranja, que hoje foram trocadas pelo rélis prazer de sentar-se em frente a uma TV.
Coisas que talvez com o tempo tenham perdido um pouco o seu real sentido, mas que assim como o sol fazem total diferença. E como diria ela, é uma pena que não estejam "usando muito".

domingo

Exemplos fúteis, criatividade mínima

Imaginemos que você está no meio de uma aula super uó, daí vem aquela vontade louca de fazer algo que não seja dar atenção ao professor de história do Brasil. O lápis parece tão contente rabiscando o caderno que no final está feito um short, desses grandes e quase abaixo dos joelhos que poucas garotas usariam. Você faz o short, ou melhor, dá o rabisco pra costureira (com a sua genialidade invejável - longe de ironias) tentar entender. Passas cinco ansiosos dias pelo resultado e busca o tal short.
No final você gosta, mas não usa. Não por desconfiança e muito menos por ligar para o que as pessoas vão achar ao te ver com um acessório (leia-se opcional, rs) um tanto, digamos,  exótico. Você só não quer mais usá-lo. Cinco dias atrás seria motivo de ciúmes ver outro que não você com o short, mas agora você o deixa 'livre'. Não por descaso, apenas pelo querer. São razões suficientes.

Algumas coisas na vida da gente são incompreensíveis, isso que você leu nas linhas acima prova essa pseudo-teoria ou talvez uma verdade.
[Postei só pq precisava desabafar um pouco, e como eu conto os leitores desse blog nos dedos da minha mão esquerda ficarei despreocupada quanto ao entendimento do escrito.]

terça-feira

Lá ia Elvira, descendo mais uma das ladeiras do Estácio. Unhas pintadas, coberta por um vestido cintilante. Vermelho e curto. Deixando suas longas e morenas pernas às vistas de qualquer galanteador que passasse por ali.

Foi num desses passeios que Maria Elvira teve ciência de um rapazote (muito robusto, se é que me permite a sutileza) da rua de baixo. Sempre havia tido interesse por "novos ares" além dos que respirava diariamente. Discreta. Passeava pelos arredores de onde costumava estar o seu objeto de admiração.

A noite caiu e Misael costumava dormir cedo. Maria deu-se por sozinha e saiu devagar para não fazer barulho.
Manoel, pois esse era o nome do misterioso rapaz da rua de baixo, esperava a cúmplice nos fundos daquele cinema decadente, onde o que menos importava era o filme. Ora mais, que marido procuraria uma mulher daquele "quilate" no cinema?

Sem demora ela chega. Ardente. Pouco importava se ali estivesse escuro. Se deixavam tomar pelos anseios. Até que uma luz fraca vindo na sua direção os faz perder a concentração. Era Misael. Maria esquecera o bilhete em cima da mesa.

sábado

Por Luis Fernando Veríssimo

Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho! Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor... A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarem a entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas. Essa pessoa vai tirar seu sono. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você. Vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo! O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo... E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo" Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...

quarta-feira

Ela e Ela - Antonio Prata

Fui apaixonado pela Luana da primeira à quarta série. Lembro daquela época como se fosse uma novela mexicana: pernas bambas no recreio; rápidos toques, desajeitados, no pega-pega; noites sem dormir, com um nó na garganta, só pensando nela. Amar é mesmo uma encrenca.
Se já era difícil para mim, um menino, gostar de uma menina, imagino como seria se meu coração batesse forte por alguém do mesmo sexo.
Tenho certeza de que agora, enquanto lêem esse texto, muitas garotas estão ficando nervosas.
Talvez as bochechas tenham corado. O coração acelerado. São garotas que, assim como eu, quando se deitam na cama, pensam em alguma Luana, com muito amor - e culpa. Por que será que é assim? Por que é tão complicado aceitarmos que garotos possam amar garotos e garotas apaixonem-se por garotas? Realmente, não sei. A homossexualidade é tão velha quanto o preconceito.
O que aprendi da Luana pra cá, é que se tem alguma ordem da qual não podemos fugir é a do próprio desejo. E isso é bom. É como se houvesse uma bomba-relógio dentro da gente, cujo tique-taque nos obrigasse a caminhar em direção à felicidade. Não temos escolha: ou lutamos pelo que queremos ou definhamos. No caso de um pedaço de bolo, da vontade de sair na véspera de uma prova ou outra coisa menos, beleza: abrimos mão do que desejamos e engolimos achateação. No caso do amor, não: durante nossa breve passagem pela Terra, não encontraremos nada mais sério do que ele. nem o trabalho, nem a poesia, o dinheiro, a seleção brasileira, o mico-leão-dourado, a capa da revista, nada, nada pode vir antes do amor na ordem geral das coisas.
Feliz ou infelizmente, para homo ou heterossexuais, não há livre arbítrio nas coisas do coração. Não elegemos a pessoa por quem nos apaixonamos.
Apenas descobrimos, com as pernas bambas, as mãos suadas e uma flecha no peito, que é aquele ou aquela ali que queremos embaixo dos nossos lençóis. Conquistá-lo, conquistá-la e mudar o mundo se preciso for, para ficarmos como ele ou ela é a nossa única opção.
Se a pessoa em quem você pensa na cama, quando fecha os olhos, é uma garota, não há nada de errado. O caminho talvez seja um pouco mais duro, alguns vão achar estranho e talvez haja risadinhas pelas costas, mas isso tudo é fichinha perto da imensa felicidade que nasce quando, olhos nos olhos, vocês disserem "eu te amo". A única tragédia afetiva é não amar. O resto a gente resolve.

sábado

Gabriela cravo e canela

"As portas fecharam. Agora podiam mais calmamente relembrar o dia, os anseios ou simplesmente deitar e domir. Ela não fazia apenas isso. Sentava na cama e escrevia algo, como de costume.
Naquela noite estava angustiada. Inquieta. As palavras escorriam para o papel numa voracidade incomum. Algo a perturbava.
Havia tido poucos, raros namorados. Seu pai não gostava que saísse muito e também, não simpatizava com aqueles rapazes mais, digamos, ardentes. Sim, pois eram os seus preferidos.
Nos dezenove anos em que vivera, pouco entendia sobre traição e mesmo com tão fouco assim traíra Carlos, seu último e secreto namorado.
O relógio da sala batia a décima badalada e antes que ela pudesse terminar o parágrafo Carlos apareceu sorridente na janela. Fechou o caderno, apagou a luz e acendeu o que ainda restava daquela vela que já havia presenciado horas e horas de beijos e carícias.
Gabriela não conseguiu conter-se. Ainda hesitou mas ergueu-se disposta a assumir sua traição. Trêmula, abraçou Carlos. A porta do quarto se abriu. Era seu pai que havia ido fechar as janelas, pois aquela noite fresca de maio prometia agora, uma tempestade."

Texto pra disciplina de Redação

quinta-feira

E mudar o mundo, se preciso for;


"A única tragédia afetiva é não amar.
O resto a gente resolve."