segunda-feira

Hare baba

Bom, esse não é um daqueles anúncios de casamento da Índia. Melhor, está mais prum desabafo do que prum anúncio. Anyway. São incontáveis as pessoas que passam pela vida da gente (clichê, bjs), amigos, família, affair's, etc. Pessoas como eu não precisam viver muitas vezes a mesma situação pra que saibam se é realmente o que queremos. Por isso, pessoas como eu sabem o que querem muito cedo. Isso tem lá suas vantagens, como 'confrontar' seus pais de, digamos, igual pra igual a nível de pensamentos, ou de uma quase vivência; mas também tem suas desvantagens, como a gente não vive exclusivamente pra isso, o tempo as vezes é curto pra aproveitar bem os bons momentos. - Esse post não tá combinando coisa com coisa, HA. - Não sei se é normal, mas minha cabeça pensa muita coisa todo dia, muita mesmo; sobre os mais variados assuntos, e sobre os que eu mais sei, fecho os olhos e escrevo só pra mim uns textos até muito bem teoricamente fundamentados. Sempre foi assim, desde a 1ª ou 2ª série. Pessoas como eu são muito de traçar linhas de raciocínio em cima do que acontece, mas alguns fatos ou pessoas são de uma natureza tão indescritivelmente fascinante que eu magicamente perco as palavras, linhas, etc. Se fazem enigmas que não fazemos questão de responder, que quando a gente descobre a resposta o encanto se vai. Seria uma felicidade dizer que instantes eternos assim me aconteceram duas vezes, mas essa mesma felicidade desceria lindamente pelo ralo quando eu dissesse a resposta pra esses dois.
Hoje? Hoje eu não tenho mais enigmas. Enigma que eu já até sei quando o coração escolhe; desse que fica sem graça quando vê que não perde a graça, o brilho, que simplesmente não perde. Que é generoso ao ponto de ensinar; tão complicados quanto eu, mas que sejam os melhores.

domingo

Não tem sereno no meu dia;

e não tem cura
acho que me perdi numa excursão
que fiz na tua
na tua certeza e na contradição;

acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu universo o sol é solidão

e não tem cura...
acho que me perdi numa excursão
que fiz pra lua
no meu único verso o sol é solidão;

Não tem mal, nem maldição
não tem sereno no meu dia
Não tem sombra e assombração
Não tem disputa por folia
Tem bola de capotão, capitão capture essa menina
tem saudade e saudação
tem uma parte que não tinha



parte que não tinha... parte que não tinha... parte que não tinha... parte que não tinha...




segunda-feira

Entrei ao meu quarto e corri atrás de mim;

"Tudo acaba leitor, essa é a verdade. Há que acrescento que nem tudo o que acaba dura muito." E há que ainda acrescento mais ainda que nem tudo o que acaba termina realmente como a gente quer.
Depois que alguns anos passam vemos como crescemos e como algumas partes de nós continuam como antes de uma maneira interessante, vemos que realmente algumas pessoas depois de certo tempo não farão mais parte da nossa vida, por mais que haja dentro no peito uma parte do nosso coração que bata forte quando o celular vibra com uma mensagem de saudades. Que algumas 'luanas' e alguns 'alexandres' podem até aparecer nas nossas vidas, mas que nada, e eu repito: nada, caro leitor; apaga o que a gente sente por quem quer que seja. A gente lembra também daquilo que poderia ter sido mas que por pouco não foi; sabe pouco mesmo? Um pouco meio que infinito, que não se pode medir, contar ou algo parecido. É quando percebemos a efemeridade do que nos cerca, aí é que a gente tem vontade de fazer/dizer o que não teve coragem, de ter passado mais tempo com quem importava. Eu não diria que é algo triste, mas mostra o quanto somos hipócritas ao ponto de sempre ter aquela conversa: "ah, a gente aprende com os erros dos outros". Se aprendêssemos mesmo daríamos valor ao que o presente nos mostra, nos dá. Bate a saudade do tempo em que era possível e havia paciência de passar horas a fio lendo blogs, de tentar entender cada palavra, não só pelo fato de entender o texto todo, mas sim de entender um pouco quem estava por trás dele. Alma. Não é que ela simplesmente se esvaia, mas é mais perceptível como as suas ações passam a ter mais instinto do quê coração, incontrolavelmente. Faz-se necessário lembrar também do que era, digamos, uma motivação para que você escrevesse, desenhasse, ou algum outro nesse tempo verbal. Depois de um tempo você perde as palavras, meio que adormecem os sentimentos e voltamos a realidade.