segunda-feira



when we found that we could not make sense
you said that we would still be friends
but i'll admit that I was glad that it was over
Now and then I think of all the times you screwed me over
but had me believing it was always something that I'd done
but i don't wanna live that way, reading into every word you say

terça-feira

Week

algo que me faça voltar a gostar da humanidade ou pelo menos torne-a suportável começar escrevendo seu nome no buscador e terminar escrevendo o meu e o unicórnio disse: se você acreditar em mim eu acredito em você continuar uma conversa que sei que não vai chegar onde quero começar uma conversa que não quero ter tiro de g3 a vida só vai valer se pra onde eu for você vier fechar a camisa no frio sem por quê deveriam os corpos terminar em pele?

descrita: PINTO, Talita


As vezes a vontade da gente vai diferente. Já não queremos mais a cama daquele lado, a torrada com aquele queijo, trepar daquele jeito ou a cerveja trincando os dentes. 
Tem dia que queremos mudar o mundo; acabar com a fome na África, dar um chute no cu dos EUA, blablabla. Outros dias está tudo bem ficar enterrado na cama ou na beirada de si mesmo remoendo qualquer última certeza de pensamento, só lembrando do final do filme ou a noite.

Acho que é mais ou menos assim que te vejo.
Ombros largos, riso grande, peito forte. 

Creio que não há nenhuma designação única praquela aguinha parada na poça da rua, é simplesmente água. 
Ninguém liga até afortunadamente meter o pé sem querer e gritar uns caralhos. 
Por pura falta de experiência um ou outro se afogam naquela poça maior, a piscina. Repito: por pura falta de experiência, por que ela continua lá sendo apenas água e estando irritantemente parada.

Por isso o mar me encanta. Devora o que lhe apetece e devolve quem de nada serve. 
Acho que é mais ou menos assim que você é. Um pouco só água, mas na maioria das vezes mar. 
Mar de engolir naus e seus capitães; de guardar segredos e sereias. 

Gosto de você assim, sendo quase sempre mar. Sendo mulher inteiramente cíclica, sem insinuação rasteira ou palavra de metade. Que corre atrás de si e, como o mar, volta sempre às costas já visitadas - naufragando ou não em braços de outro mar.

domingo

Prende o cabelo e com clara e gema faz o dia

Não sei porque parece ser tão difícil de demonstrar afeto e algo mais à alguém. Em quase todas as experiências anteriores eu não precisava dar o primeiro passo, no restante o acaso tratava de me ajudar. O fato é que já faz um tempo e acho que o destino esqueceu de jogar um pozinho da sorte no meio da história.


Dar o primeiro passo é mais difícil do que parece. Se isso já é difícil pra mim que nunca tive dúvidas - ok, isso tá mais pra: que hoje tenho certeza - do que quero, imagine pra você que está com um Katrina na mente. São perguntas, pressões, angústias, medos ... e tudo isso in so many levels.
Não te digo que é fácil ou que preconceito é mais uma invenção do homem, não é. Está aí. Estampado em alguma camiseta, naquele olhar torto. Na agressão. Nas palavras. Na aceitação fingida. Infelizmente nas palavras. Existe.


Quero andar de mãos dadas, rir junto e mandar dois beijos pra quem nos olha torto. Essas coisas que os amigos falam que é demodê-brega-etc, mas que super ficam felizes por você e super queriam estar fazendo também. Quero ter coragem pra levantar da cama quentinha pra preparar o café. Há uma hora em que se cansa de fazer isso com pessoas diferentes todo mês/semana. Quero que o meu querer seja fazer isso contigo. Do lado. Together.


Acho que sou paciente. Acho que quando a paciência acaba fica complicado. Acho também que estou ficando sem norte. Até quando não me custa por uns vinte minutos jogar algumas palavras num papel, fico confusa. Não sei se uso presente, passado... Confundo os tempos. Os sujeitos.


Sei o que você está pensando, que eu sou estranha e só mais uma psicopata por aí; mas não é bem assim. É só paixão. Só. Aquela coisa de uma bolha imaginária surgir quando se está perto. Tudo fora some e, lá dentro, o universo parece ser realmente interessante.


Bom, as coisas não são lindas assim como parecem. Ainda há perguntas, medos. Há distância, por mais perto que se esteja. Sobra espaço entre. É quase um hiato. 'Quando as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em sequência.' Esqueçamos o bom português e fiquemos juntinhos, assim colado, de quase não caber. Espero aqui até hoje. Talvez amanhã; depois não sei.
Time to time.

Prece





Talvez se eu começar a me desculpar agora, as desculpas possam parecer mais sinceras. Me pedes opiniões. Dou. O que posso, dou. Deito e tento me enganar, penso que no outro dia será diferente. Se nem aos amigos mais próximos consigo enganar, quanto mais a mim. Basto-me. Conta das angústias, dos medos e das certezas. Perco palavras e acho - meio que por um acaso pré-definido - só aquelas que posso te dizer sem magoar.


Sem assustar.


Faço-te tantas orações naquelas palavras. Rogo pra que depois não choremos por nós, leites derramados. Pra que não sejamos ausentes um do outro e nem metades perdidas. Que sejamos inteiros e completos, ainda assim juntos. Entrelaçados. Inteiros que passam e se lêem. É gente que tem besteira de nada em comum e que dá um jeito de se encaixar minimamente em peculiaridades. Quando tá junto nem sabe de si. Sabe só dos dois. De dois. Mas não te preocupes e nem me procures que isso passa. Amor é como esse fumo que me queima a garganta agora.


Dá e passa.


A gente puxa, queima e solta. Não me desejes como fumaça, me desejes como escudo.


(Talvez isso pareça um texto fúnebre mas acho que não estou tão perto de morrer *hope so*).

A vida as vezes pode não ser tão justa quanto falam por aí.

Reza a lenda que o que nosso de direito sempre volta pra gente, que só permanecem nas nossas vidas as pessoas que são delas de fato, etc ...

Meu problema é: fazer meus sentimentos se decidirem. Sempre achei que isso fosse fácil, mas puta que pariu! Quanta complicação - sim, esta sou eu falando de complicações pra vocês.

Pode parecer estranho quando digo que o primeiro grande amor da minha vida foi uma colega de classe do primeiro ano do ensino médio (não, eu nunca gostei de nenhum garoto antes) *dyke pride*, e mais estranho ainda quando digo que casaria fácil com ela hoje em dia. Sinto falta dela nos meus dias. Das músicas, das conversas, dos toques desajeitados, do olhar e mais ainda da capacidade que ela tinha de entender tudo que eu sentia.

Eis que o destino, então, na sua incrível vontade de fazer as coisas melhorarem - ou não, a levou pra longe de mim e eu mais ainda pra longe dela. E porra, ela me faz muita falta.

Fomos esudar em cidades diferentes, conhecemos outras pessoas. Crescemos.

Nos apaixonamos por outras pessoas.

Conheci, de novo, um grande amor. Aquele que te faz ficar acordado a noite pensando em como seria fazer uma viagem à sós. Que te faz esquecer o livro que você foi buscar na biblioteca porquê passou antes na sessão do curso dela e achou um que ela tava procurando. Enfim, acho que já me entenderam. Era como se o amor de antes não tivesse acabado, mas podia esperar. Sem tirar a chance do novo gostar de me fazer uma pessoa melhor, mais feliz. E assim por diante.

Não sei se consegui me fazer entender, nem estou num dos meus momentos mais sóbrios pra me preocupar com isso. O que me confunde, é como lidar com todos os sentimentos, todas as pessoas, todas as situações. Eu não sei.

and tonight i give you my heart;

Sou apaixonada por ela desde o segundo ano da faculdade. Faltava o ar quando ela passava por perto, havia de segurar no braço do amigo mais próximo pra tentar não cair mais da cadeira que estava. Era o sorriso mais lindo, o andar mais seguro e o 'olá' mais musical que me era dado. Meu coração acelerava, mãos tremiam - e só não falo do rosto avermelhado porquê de uns tempos pra cá tenho ficado envergonhada por tudo.
Nosso contato não havia passado disso: poucas palavras e meu olhar desajeitado, que quando ela percebia eu tratava de disfarçar.


Como todo amante logo arrumei uma desculpa pra trazê-la pra perto de mim. Tinha que ajudar uma amiga com umas pendências amorosas e lidar com homens nunca foi meu campo de estudo, como sabemos. Então resolvi unir o shoyu ao sushi. Ela era o sonho de muitos marmanjos que conheço/vou conhecer e lidava com isso melhor do que eu com o copo de cerveja.


Não deu outra, nossa amiga engatou o namoro! E eu ... ah, eu achava a coisa mais linda do mundo ela toda preocupada com o andamento do casal. Se tava dando tudo certo, se eles tinham se visto, etc ... e sim, nos víamos todo dia. E mais um dia, e mais um ...
Como se o resto de tudo desaparecesse e só o nosso mundo fosse realmente interessante. Quando a falta de tempo não ajudava e nossos horários se tornavam impossíveis, a saudade era tanta quanto os dias que teimavam em demorar.


Perdi a conta de quanto tempo passava pensando no que cozinharíamos quando ela viesse novamente. Amor é isso, é abrir portas e janelas pra entrar, e mesmo quando não desejamos a saída, mantê-las abertas. Cativar é dar motivo pra voltar.
Nossos dias são bons, nem muito frios e nem muito quentes; são aconchegantes.


Discutimos música, mas ela escolhe a playlist; discutimos culinária, mas eu escolho o cardápio.
Paixão é aconchego, é completude.