segunda-feira

No segundo que choveu demais;

1 de novembro de 2009
Amarga. E é como se tudo que eu tivesse vivido até ali perdesse o gosto. A cor. Já não sei mais o que quero, já não sei mais do que sou capaz; muito menos do que eu tenho. Eu só queria um pouco de cor, de paz. Eu só queria dar cor, dar paz, dar o que eu tenho. Suficiência.

suficiência

[Do lat. sufficientia.]
Substantivo feminino.
1.Qualidade ou classificação de suficiente.
2.Aptidão bastante; habilidade, capacidade.
3.Estat. A propriedade dum estimador eficiente.

Eu só queria. Apenas. Falha-se.

inaceitável

[De in-2 + aceitável.]
Adjetivo de dois gêneros.
1.Não aceitável; inadmissível. [Pl.: inaceitáveis.]

Quando faço para o próprio bem, espero, deixo acontecer e só depois o tempo se encarrega de deixar o que era caneta fazer-se em grafite de novo. Quando faço para o bem dos outros não existe tempo ou grafite suficiente em todo o subsolo capaz de riscar.

arrependimento

[De arrepender(-se) + -imento.]
Substantivo masculino.
1.Ato ou efeito de arrepender-se.
2.Compunção, contrição.

Nunca. Jamais. Em teoria medíocre alguma. Pessoas como eu não arrependem-se de uma decisão pensada, provada (ou pelo menos tentada e concordada por outrem). Dói. Arde como todas as lembranças que não foram e como as que existem. Com isso não, pelo menos com isso não se brinca. Isso não é brincadeira;

seriedade.

[Do lat. tard. serietate.]
Substantivo feminino.
1.Qualidade de sério.
2.Modo, ar, gestos ou porte próprios de pessoa séria; gravidade.
3.Inteireza de caráter; retidão.

Sempre precisei de pouca, precisei, e assim pretendo continuar pra mostrar do que sou ou não capaz, do que posso ou não sentir. Então o que era solto em mim agora tem uma velocidade maior, eu não penso retamente. Raciocínio. Só pelo motivo que eu acredito que exista sempre outro jeito de dizer essas coisas, sabe? Minha palavras corta os lábios, os dedos, o peito. Bem.

bem

[Do lat. bene.]
Substantivo masculino.
1.Ét. Desde o dia 11 de junho de 2009, tudo o que podia vir dela; bom, mau. Cada gesto, cada sorriso, cada beijo, cada palavra e cada grau de calor. Tudo o que fosse paz. Na manhã, no café, na tarde e no dormir.

Amarga. Dói. E nem por isso ouvem mais. "Enquanto for um berço meu, serás vida, bem vinda, serás viva, bem viva em mim." Espero, enfim, a paciência. A minha paz está com ela. Devo achar o silêncio.

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