domingo

Prende o cabelo e com clara e gema faz o dia

Não sei porque parece ser tão difícil de demonstrar afeto e algo mais à alguém. Em quase todas as experiências anteriores eu não precisava dar o primeiro passo, no restante o acaso tratava de me ajudar. O fato é que já faz um tempo e acho que o destino esqueceu de jogar um pozinho da sorte no meio da história.


Dar o primeiro passo é mais difícil do que parece. Se isso já é difícil pra mim que nunca tive dúvidas - ok, isso tá mais pra: que hoje tenho certeza - do que quero, imagine pra você que está com um Katrina na mente. São perguntas, pressões, angústias, medos ... e tudo isso in so many levels.
Não te digo que é fácil ou que preconceito é mais uma invenção do homem, não é. Está aí. Estampado em alguma camiseta, naquele olhar torto. Na agressão. Nas palavras. Na aceitação fingida. Infelizmente nas palavras. Existe.


Quero andar de mãos dadas, rir junto e mandar dois beijos pra quem nos olha torto. Essas coisas que os amigos falam que é demodê-brega-etc, mas que super ficam felizes por você e super queriam estar fazendo também. Quero ter coragem pra levantar da cama quentinha pra preparar o café. Há uma hora em que se cansa de fazer isso com pessoas diferentes todo mês/semana. Quero que o meu querer seja fazer isso contigo. Do lado. Together.


Acho que sou paciente. Acho que quando a paciência acaba fica complicado. Acho também que estou ficando sem norte. Até quando não me custa por uns vinte minutos jogar algumas palavras num papel, fico confusa. Não sei se uso presente, passado... Confundo os tempos. Os sujeitos.


Sei o que você está pensando, que eu sou estranha e só mais uma psicopata por aí; mas não é bem assim. É só paixão. Só. Aquela coisa de uma bolha imaginária surgir quando se está perto. Tudo fora some e, lá dentro, o universo parece ser realmente interessante.


Bom, as coisas não são lindas assim como parecem. Ainda há perguntas, medos. Há distância, por mais perto que se esteja. Sobra espaço entre. É quase um hiato. 'Quando as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em sequência.' Esqueçamos o bom português e fiquemos juntinhos, assim colado, de quase não caber. Espero aqui até hoje. Talvez amanhã; depois não sei.
Time to time.

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